Pesquisar este blog

Arquivo do blog

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Upgrade em notebooks: placas 3D externas

O desempenho do vídeo sempre foi um problema em notebooks, já que as placas 3D mais rápidas são volumosas, consomem muita energia e geram muito calor, tornando seu uso impraticável em notebooks. As versões "mobile" são mais lentas e na maioria dos casos usam memória compartilhada, fazendo com que os gamers fiquem amarrados a seus desktops.

Para piorar as coisas, mesmo com as placas AXION e MXM, o upgrade da GPU em notebooks está muito longe de ser algo simples ou corriqueiro. Embora seja tecnicamente possível substituir a placa por outra com um TDP similar, conseguir realmente encontrar e comprar uma placa compatível é quase tão difícil quanto contrabandear uma ogiva nuclear.

Com isso, notebooks com GPUs integradas recebem um rótulo perpétuo de "apenas para Word e Excell" e mesmo os modelos mais caros, com GPUs dedicadas, acabam se tornando obsoletos rapidamente, devido à falta de possibilidade de upgrade.
Uma outra abordagem para solucionar o problema é abandonar a ideia de GPU interna e investir em placas de expansão externas, conectadas através do slot ExpressCard do notebook. Separando a GPU, ganha-se a possibilidade de usar uma placa para desktops (conectada a um monitor externo), sem se limitar ao uso de GPUs mobile.

O primeiro anúncio nesse sentido foi o XG Station, anunciado pela Asus em 2007, que incluía uma GeForce 7900 GS, combinada com um hub USB e um chipset de áudio C-Media, que oferecia uma saída de áudio própria. A ideia era que ele fosse usado como uma espécie de docking station, onde você deixaria o monitor, caixas de som, teclado e mouse externos conectados ao XG Station e conectaria o notebook quando fosse jogar ou usar o monitor externo.



Ele utilizava uma fonte de alimentação própria, por isso a capacidade de fornecimento do slot ExpressCard não era um problema. O botão e o visor são usados para ajustar o overclock da placa de vídeo, uma espécia de mecanismo de gratificação instantânea.
Por outro lado, as limitações eram muitas. O slot ExpressCard oferece uma única linha PCI Express (250 MB/s), o que limita severamente a banda da GPU. Para ter uma ideia, é menos do que a banda de um slot AGP 1x, que oferece 266 MB/s. Esta pesada limitação com relação ao barramento de comunicação penaliza o desempenho da placa, fazendo com que ele fique bem abaixo do que seria obtido ao utilizá-la em um desktop. Apesar disso, é ainda possível oferecer um desempenho bem superior ao oferecido por uma GMA 900 ou X3000 onboard.

Outro problema, ainda mais sério, é a questão dos drivers e do BIOS. O slot ExpressCard foi concebido para a conexão de placas Wi-Fi e outros periféricos similares e não para a conexão de uma segunda placa de vídeo, o que tornou necessário o desenvolvimento de uma camada adicional de driver e utilitários. Diferente de uma placa PCI-Express regular, o GX Station não é detectado pelo BIOS, sendo ativado bem depois, durante carregamento do sistema (similar ao que temos no caso das placas de vídeo USB).

Ao usar o Windows Vista, mais um problema se manifesta. Devido ao uso do WDDM, o Vista suporta o uso de um único driver de vídeo de cada vez. Em situações normais, isso não é problema, já que você usaria uma única placa de vídeo, ou múltiplas placas do mesmo fabricante em SLI ou CrossFire. No caso do GX Station entretanto, as coisas são um pouco mais complicadas, já que possivelmente o notebook utilizará uma GPU da Intel ou da ATI.

Inicialmente o XG Station foi projetado para ser usado no Windows XP (que não tem problemas em usar múltiplos drivers de vídeo), mas ao tentar portar os drivers para o Vista, os desenvolvedores da Asus se depararam com o problema, que levou a sucessivos adiamentos no lançamento. A solução encontrada foi forçar o uso do modelo XPDM (em outras palavras, forçar a instalação da interface de drivers usada no XP sobre o Vista), o que permitia o uso do XD Station em conjunto com chipsets integrados da Intel, mas em troca sacrificava o uso do Aero, o suporte ao DirectX 10 e o suporte a hotplug (ou seja, o XD Station precisava ser plugado antes de ligar o notebook).

Em 2008, a Asus chegou a vender uma versão do XD station equipada com a GeForce 8600 GT em quantidades limitadas na Austrália (por AUD$ 375, que equivalem a pouco menos de 300 dólares), mas ele acabou sendo retirado do mercado pouco depois, devido às reclamações de incompatibilidades e problemas diversos. Com isso, o lançamento mundial foi cancelado, muito embora existisse uma grande demanda em torno do produto.

O lançamento seguinte foi o Magma ExpressBox, um case externo (também conectado ao slot ExpressCard) que inclui uma fonte de alimentação própria e permite o uso de placas PCIe x16 single slot, com um consumo de até 55 watts.



Ele é na verdade uma solução desenvolvida para o uso de placas de expansão diversas e não necessariamente para placas de vídeo. Além de caro (US$ 729!) a utilização é muito limitada, já que a Magma não disponibiliza drivers, dependendo apenas do suporte nativo por parte dos drivers dos fabricantes. Na prática, a única situação em que ele funciona com placas 3D é ao usar uma Radeon HD em par com um notebook contendo uma GPU onboard da ATI, dependendo da detecção por parte do Catalyst.

Outra solução é o ViDock, uma solução um pouco mais acabada, que inclui drivers e uma lista de compatibilidade. Inicialmente ele foi lançado em versões com a GeForce 7200GS e a Radeon X1550 mas em seguida ganhou uma versão atualizada, com a Radeon HD 4670.



Embora o desempenho da placa continue sendo severamente limitado pelos 250 MB/s do barramento, a limitação com relação ao uso de diferentes drivers de vídeo foi eliminada com o Windows 7, o que permite que ele seja usado em notebooks com chipsets integrados da Intel ou nVidia. Isso o torna uma opção um pouco mais utilizável, embora o custo de US$ 300 elimine grande parte do atrativo.

Em 2010 teremos a transição para o padrão ExpressCard 2.0, que oferece uma banda de 500 MB/s (levemente inferior a um slot AGP 2x). Com ele, o barramento disponível para a placa de vídeo será alargado, reduzindo um pouco a perda de desempenho ao utilizar uma GPU externa. Entretanto, como as placas de vídeo também não param de evoluir, este será um refresco apenas temporário.

Considerando o custo e a falta de portabilidade das soluções existentes, é bastante improvável que as placas externas conectadas ao slot ExpressCard venham a se tornar populares. As dificuldades técnicas são grandes e a perda de desempenho devido ao barramento estreito é muito significativa. Acaba fazendo mais sentido comprar um laptop maior, com uma placa MXM dedicada do que lidar com as limitações de uma GPU externa.

Um fio de esperança veio com o anúncio do AMD/ATI XGP (eXternal Graphics Plataform), um padrão de conector PCI Express móvel, que oferece 8 linhas PCI Express 2.0, resultando em um barramento de 4.0 GB/s (equivalente ao de um slot PCIe x16 regular), que é mais do que suficiente para uma GPU mediana atual (como uma HD 4770) operar sem limitações:



Diferente do slot Express Card, ele se comporta da mesma maneira que um slot PCI Express regular (com a adição do suporte a hotplug), o que simplifica bastante a questão dos drivers.

O primeiro notebook equipado com o conector foi o Fujitsu AMILO Sa 3650, lançado em 2008. ele faz par com o "Amilo GraphicBooster" (que nada mais é do que uma Mobility Radeon HD 3870 externa, que inclui uma fonte de alimentação própria) e foi vendido em quantidades limitadas, por US$ 1500 (US$ 1000 pelo notebook e mais 500 pelo GraphicBooster):



Desde então, não se ouviu mais falar no XGP, muito embora o padrão já esteja oficialmente finalizado e continue sendo uma promessa para o futuro.

Outras possibilidades para o futuro são a popularização de processadores com GPUs integradas (Larrabee e Fusion) ou uma eventual queda nos preços das placas 3D mobile, que permitam que mais notebooks venham com GPUs dedicadas.

Entretanto, não espere que notebooks com placas 3D de alto desempenho se tornem acessíveis em nenhum futuro próximo. A combinação do grande volume de produção e a ausência de preocupações com miniaturização e consumo farão com que as placas 3D para desktops continuem oferecendo um custo-benefício superior por ainda muitos anos.

chips arm

Com a migração dos chips PowerPC para os x86 feita pela Apple em 2005, os chips x86 se tornaram onipresentes nos computadores pessoais. Você pode escolher entre um processador da Intel, da AMD ou mesmo da VIA, mas o legado de instruções vindas desde o 8086 continuará presente.

Apesar de serem os mais conhecidos, receberem o maior volume de investimentos e monopolizarem as atenções, os processadores x86 estão muito longe de serem os chips mais populares. Muito pelo contrário: em números absolutos os chips mais vendidos são os Z80, que são vendidos aos bilhões e usados em todo o tipo de aparelhos eletrônicos. Mesmo entre os chips de 32 e 64 bits os x86 ocupam um distante segundo lugar, perdendo para os chips RM.

Embora não sejam tão conhecidos, nem tão comentados, quanto o i7 ou o Atom, os processadores ARM são produzidos em volumes brutalmente maiores e usados em todo o tipo de dispositivos, de roteadores e modems ADSL a video-games, como o Nintendo DS. Praticamente qualquer eletrônico que você tenha em casa, que use um processador de 32 bits e não seja um PC, usa um ou mais processadores ARM.



Outro segredo para o grande número de funções, baixo consumo e baixo custo é a integração dos componentes, acompanhada pelo uso de controladores dedicados para diversas funções; diferente do que temos em um PC, onde quase tudo é feito pelo processador principal.

A vantagem de utilizar controladores dedicados é que eles executam suas funções diretamente via hardware, em vez de executarem um software destinado a executar a mesma função. Com isso, eles conseguem executar suas tarefas com menos transístores e menos ciclos de processamento, o que se traduz em um consumo elétrico mais baixo. Os diversos controladores ficam desligados na maior parte do tempo e são acordados apenas quando possuem algum trabalho para fazer.

Os chips ARM, não são produzidos por uma única empresa (como no caso dos processadores da Intel), mas sim licenciados e produzidos por diversos fabricantes. A ARM Ltd. (www.arm.com), que é a responsável pelo desenvolvimento dos chips e detentora dos direitos sobre a arquitetura, não produz os processadores, se limitando a licenciar os projetos a preços módicos para outros fabricantes, que podem optar por diversos tipos de licença, incluindo opções que permitem modificar os chips e incluir componentes adicionais. Este é o caso de fabricantes como a QualComm, a Texas Instruments e a Samsung, que desenvolvem soluções próprias, incluindo controladores auxiliares e modificações diversas.

Temos aqui o diagrama de blocos de um Texas Instruments OMAP242, um SoC (system on a chip) que combina um processador ARM e diversos outros controladores auxiliares em um único chip. Este modelo em particular é muito usado em smartphones, incluindo o N95:



Ele possui um acelerador de vídeo (2D), que ajuda na decodificação de diversos formatos de arquivos, processamento das imagens e vídeos capturados usando a câmera (e outras funções relacionadas) e, também, um acelerador 3D dedicado, que é acionado quando são executados jogos ou outros aplicativos que utilizam gráficos 3D.

Como o consumo elétrico precisa ser muito baixo, o desempenho é bastante limitado: apenas 2 megapixels. Apesar disso, nas mãos de desenvolvedores competentes, estes dois megapixels podem render muita coisa.

Toda essa integração é necessária para manter o consumo elétrico em níveis aceitáveis e reduzir o custo de fabricação, já que produzir um único chip, contendo vários componentes, sai mais barato do que produzir vários chips separados.

Os processadores ARM usados nos aparelhos atuais são, em sua maioria, chips ARM7, ARM9 e ARM11. Os chips ARM11 são as atuais estrelas, usados na maioria dos smartphones atuais, enquanto os ARM9 e ARM7 são comuns em aparelhos mais simples e em produtos eletrônicos diversos:



Os chips ARM11 oferecem um desempenho por ciclo ligeiramente superior (1.2 DMIPS por MHz, contra 1.1 DMIPS por MHz dos ARM9), mas a grande diferença (do ponto de vista do desempenho) entre as duas famílias reside no número de estágios de pipeline, usados no processamento das instruções. Os chips ARM9 utilizam um pipeline de 5 estágios, enquanto os ARM11 utilizam um pipeline de 8 estágios.

Similar ao que temos nos processadores para micros PC, o uso de mais estágios de pipeline permite que cada estágio execute um volume menor de processamento por ciclo (ou seja, que cada um execute um percentual menor do trabalho), o que permite que o processador opere a uma frequência mais elevada. Uma analogia simples seria comparar com uma linha de produção, imaginando que cada estágio de pipeline corresponde a um operário. Se o trabalho é dividido entre um número maior de operários, cada um passa a executar um número menor de passos e a esteira pode correr mais rápido, resultando em uma produção maior.

Isso explica porque os processadores baseados em chips ARM9 ficam restritos à casa dos 200 a 250 MHz (e são por isso usados em aparelhos mais antigos, ou mais baratos), enquanto os chips mais recentes, baseados em processadores ARM11 atingem frequências de 400 a 600 MHz.

Os chips ARM7, por sua vez, são processadores muito mais simples, que foram originalmente usados em dispositivos da década de 1990, como o Psion 5 e o Apple Newton, mas que, recentemente, ressurgiram como chips auxiliares, usados como parte do transmissor 3G. Por serem muito simples, eles desempenham essa tarefa de forma bastante eficiente, consumindo menos energia que outros chips (mais complexos) precisariam para executar a mesma carga de trabalho.

Atualmente estamos assistindo a uma migração para os chips baseados no ARM Cortex A8, que utiliza uma arquitetura mais complexa, mas, em compensação, oferece um desempenho por clock consideravelmente superior (de até 2 DMIPS por MHz) e é capaz de operar a até 1.0 GHz, mantendo um consumo elétrico aceitável. Ele é usado, por exemplo, no TI OMAP3430, o chip que equipa o Palm Pre.

Assim como nos PCs, o clock dos processadores móveis é, atualmente, limitado não pelo que os chips podem realmente oferecer, mas sim pelo consumo elétrico máximo sob o qual eles devem trabalhar. Do ponto de vista da arquitetura, não seria difícil produzir processadores ARM capazes de operar a 2 ou mesmo 3 GHz, o problema é que, operando a essas frequências, o consumo ficaria acima da casa dos 10 watts, e eles precisariam de dissipadores de cobre e coolers para funcionarem.

Devido a isso, a frequência máxima dos processadores móveis tem ficado na faixa dos 450 a 600 MHz, e isso não deve mudar muito a curto prazo. A cada nova geração, os fabricantes arriscam um processador com clock um pouco mais alto, mas os avanços são lentos e cautelosos.

A solução encontrada para produzir processadores mais rápidos, sem aumentar exageradamente o consumo, foi a mesma adotada nos processadores para desktop, ou seja, passar a desenvolver processadores com vários núcleos, em vez de aumentar a frequência.

Ao contrário do que pode parecer à primeira vista, um processador com um único núcleo, operando a 1 GHz, consome muito mais do que um processador com dois núcleos similares operando a 500 MHz, pois o clock maior aumenta o gate leakege (a energia perdida na forma de calor cada vez que um transístor muda de estado) e torna necessário aumentar a tensão (ou seja, a voltagem, em linguagem popular) do processador. Com um sistema de gerenciamento de energia bem desenvolvido, os núcleos adicionais consomem energia apenas quando estão sendo realmente usados, já que o sistema pode desligá-los quando não estão em uso.

O chip mais promissor é o ARM Cortex A9 MPCore (sucessor do Cortex A8), que é composto por 4 núcleos, cada um com um coprocessador aritmético independente e uma pequena quantidade de memória cache:



Colocar um processador com 4 núcleos em um smartphone ou outros aparelhos, cujo consumo elétrico é severamente limitado pela bateria, pode parecer uma ideia bastante estúpida à primeira vista, mas, na prática, não é tão ruim assim.

A principal questão é que, assim como outros processadores ARM, o A9 inclui um sistema de gerenciamento de energia bastante eficiente, que permite que o processador seja capaz de ativar e desativar os núcleos de acordo com a demanda.

A frequência de operação de cada um pode também ser ajustada conforme o volume de carga, de forma que, na prática, o consumo elétrico do processador pode ser ajustado de forma bastante eficiente, de acordo com o uso. Em um projeto bem desenvolvido, o processador ficaria com apenas um dos núcleos ativado na maior parte do tempo, com os outros sendo ativados apenas quando vários aplicativos fossem usados simultaneamente, ou em tarefas específicas, como em jogos capazes de tirar proveito dos vários núcleos.

A principal vantagem de um aparelho com vários núcleos, é a possibilidade de realizar mais do que uma tarefa sem que ele engasgue. Você poderia chavear para o navegador para verificar alguma coisa rápida, sem que o som do vídeo que estava assistindo (e que continua sendo processado em segundo plano) comece a engasgar enquanto o navegador monta as páginas, por exemplo.

Teoricamente, algumas tarefas poderiam ser executadas usando menos energia em um processador com vários núcleos, já que um processador com 4 núcleos operando a 150 MHz pode utilizar uma tensão mais baixa e, assim, consumir menos energia que um processador com apenas um núcleo operando a 600 MHz, por exemplo. Naturalmente, o inverso também pode ocorrer, já que bugs e softwares em loop podem fazer com que os 4 cores passem a operar na frequência máxima, acabando rapidamente com a carga da bateria. Todos estes fatores acentuam a necessidade de fazer um projeto bem feito.

Você deve estar imaginando onde entra a Intel nessa história. No passado, a Intel produzia a família XScale, baseada na plataforma ARM, com a qual desfrutou de um relativo sucesso, equipando diversos modelos de palmtops e alguns dos primeiros smartphones (como os aparelhos da linha Dell Axim e o Treo 650). Entretanto, em 2006 a Intel optou por vender a divisão para a Marvell, como parte de um projeto de reestruturação.

Do ponto de vista da Intel, fazia pouco sentido continuar investindo em chips ARM. O motivo não tem a ver com a viabilidade da plataforma, mas sim com o fato de chips ARM serem fabricados por diversos fabricantes, fazendo com que a competição seja acirrada e as margens de lucro muito baixas. Em vez de ser mais um fabricante de chips ARM, a Intel decidiu apostar nos chips x86, investindo em uma família de chips de baixo consumo que possa, eventualmente, ser usada em smartphones, concorrendo com os chips ARM.

Como você deve ter imaginado, o concorrente da Intel é o Atom, que utiliza uma arquitetura simplificada, que lembra um pouco a do antigo Pentium 1. Diferente de outros processadores atuais, o Atom possui apenas duas unidades de execução e processa as instruções em ordem, o que permitiu remover muitos dos componentes usados em outros processadores atuais, entre eles o circuito de branch prediction (responsável por reorganizar as instruções) e o scheduler, que armazena as instruções que serão processadas nos ciclos seguintes, de acordo com o determinado pelo circuito de branch prediction.

Naturalmente, essa arquitetura simples resulta em um desempenho por ciclo de clock inferior ao de outros processadores x86 atuais. A ideia da Intel não é necessariamente produzir um processador de alto desempenho, mas sim produzir um processador de baixo consumo, que apresente um desempenho suficiente para tarefas básicas, como navegar e rodar aplicativos leves.

A versão inicial do Atom, batizada de Menlow, é ainda destinada a netbooks e UMPCs, passando muito longe dos smartphones. Entretanto, a Intel está trabalhando em uma versão atualizada, batizada de Moorestown, com mais componentes integrados e um consumo elétrico mais baixo, que deve estar disponível a partir de 2010.

Se comparado com chips baseados no Cortex A8, como o OMAP3430, uma versão de baixo consumo do Moorestown perderia tanto em custo quanto com relação ao consumo elétrico. Se operasse à mesma frequência, ele poderia ganhar com relação à potência de processamento, mas por uma pequena margem. É provável que o Moorestown chegue a ser usado em alguns modelos de tablets ou até mesmo em alguns smartphones (o Android, por exemplo, pode ser portado para rodar sobre a plataforma sem muito esforço), mas eles, provavelmente, ainda serão aparelhos grandes e pesados, nos moldes do Nokia E90 e do HTC TyTN II.

Entretanto, a Intel já anunciou que está trabalhando em uma terceira geração da plataforma (que será fabricada em uma técnica de 0.032 micron e oferecerá um consumo elétrico mais baixo), com a qual ela pretende levar o Atom até os aparelhos mais compactos.

A ideia parece ser ganhar na base da força bruta, investindo pesadamente no desenvolvimento de versões cada vez mais otimizadas e fabricadas usando técnicas cada vez mais avançadas de produção, de forma a reduzir o consumo elétrico dos chips e integrar mais componentes a cada versão, até que eles, finalmente, passem a substituir os chips ARM em larga escala.

A grande aposta da Intel é que, por serem processadores x86, o Moorestown e os sucessores terão uma vantagem competitiva, já que permitirão rodar o Firefox e outros softwares completos sem necessidade de modificações nos binários. Naturalmente, eles têm também a desvantagem de não serem compatíveis com os softwares compilados para a plataforma ARM, o que torna o uso das instruções x86 uma faca de dois gumes.

Mesmo que fossem lançados aparelhos com potência suficiente para rodar distribuições Linux completas (ou mesmo alguma versão otimizada do Windows Vista), isso não seria necessariamente uma boa ideia, já que sistemas operacionais para desktop consomem muito processamento, o que, em um smartphone, significaria uma grande redução na autonomia. Sistemas baseados em Linux para smartphones, como o LiMo, ou o próprio Android, são baseados em versões fortemente modificadas e otimizadas do kernel, rodando uma interface leve e aplicativos otimizados, muito diferente da selva de componentes e serviços de uma distribuição Linux para desktops, como o Ubuntu.

Com relação à questão da eficiência, embora seja quase impossível produzir um chip x86 tão eficiente quanto um chip ARM (devido à necessidade de incluir no chip todos os componentes necessários para decodificar as instruções, de forma a manter compatibilidade com o conjunto de instruções x86), a Intel parece convencida que pode anular a diferença com o uso de técnicas mais avançadas de fabricação.

A Intel já domina a técnica de 0.045 mícron e já realiza testes com a geração seguinte, de 0.032 micron, enquanto fabricantes de chips ARM, como a Texas Instruments, ainda estão fazendo a migração dos 0.13 ou 0.09 para os 0.065 mícron. Considerando que um processador fabricado usando a técnica de 0.045 mícron tem um consumo elétrico até 50% inferior que outro similar fabricado usando a técnica de 0.065 mícron, pode realmente ser que a Intel ria por último, embora ainda tenha um longo caminho pela frente.

Dez dicas para deixar o Windows XP mais rápido

O Terra Tecnologia selecionou 10 dicas simples para você deixar o seu Windows XP mais rápido. Com exceção da primeira, que diz respeito a hardware, as demais dependem apenas de mudanças em determinadas configurações, algumas ocultas dos usuários menos especializados.
Nenhuma das dicas abaixo deve causar problemas no funcionamento de segurança, mas é sempre bom manter um backup dos arquivos e documentos mais importantes. Lembre-se ainda que, para realizar alguns passos, é necessário ser o administrador do sistema. Confira:

1)Tenha pelo menos 512 MB de RAM

Para o Windows XP rodar de maneira satisfatória, é necessário pelo menos 512 Mb de memória RAM. Com menos do que isso, o desempenho do sistema operacional deixa a desejar. Memória RAM é um dos upgrades mais baratos que você pode fazer na sua máquina, e o resultado pode surpreendê-lo. Mas tome cuidado para comprar pentes de memória compatíveis com a sua placa-mãe. Obtenha ajuda do fabricante do computador ou de um especialista.

2) Remova os efeitos "especiais"

Por padrão, a área de trabalho do Windows XP é toda incrementada: a seta do mouse e os menus são sombreados, o conteúdo das janelas aparece quando elas são arrastadas e por aí vai. Essas "frescuras" exigem mais do computador. Se você não se importa em ter um desktop sem graça, mas rápido, desabilite esses efeitos:


Clique com o botão direito no ícone Meu Computador e abra o item Propriedades;

Na aba Avançado, dentro de Desempenho, clique em Configurações;

Na aba Efeitos Visuais, selecione a opção Ajustar para obter um melhor desempenho.
3) Desabilite as pastas ZIP

O Windows XP, por padrão, trata arquivos comprimidos no formato ZIP como pastas, mas deixa o sistema mais lento - é melhor utilizar programas como o WinZip e o WinRar. Para desabilitar o acesso direto às pastas ZIP, faça o seguinte:


Vá em Menu Iniciar -> Executar e digite "regsvr32 /u zipfldr.dll" (sem as aspas).
Você deverá ver uma caixa de texto com a mensagem "DllUnregisterServer em zipfldr.dll teve êxito" como confirmação do registro.

4) Remova aplicativos desnecessários na inicialização


Abra o Menu Iniciar -> Executar e digite msconfig;

Vá até a aba Inicializar e desmarque todos os programas que não precisam ser carregados ao ligar o computador.
Cuidado para não desmarcar aplicativos importantes, como o antivírus. Remova somente aqueles que você conhece.

5) Faça uma faxina no disco rígido


Abra o programa, em Menu Iniciar -> Programas -> Ferramentas do Sistema -> Limpeza de disco;

Selecione todos os itens que julgar que devem ser apagados. Aproveite e remova programas que você não usa com freqüência.
São necessários 300 MB de espaço livre para o Windows funcionar bem

IPconfig - Alterar e verificar o nosso endereço

O comando "ipconfig" permite verificar qual o endereço IP atribuído ao dispositivo de rede (Placa de rede, modem , ...) bem como os endereços dos servidores DNS e o endereço IP do gateway/router que permite o acesso à Internet.



Usando o comando "ipconfig" sem opções obtém-se o endereço IP, a máscara de rede e o IP do gateway do dispositivo de rede.



Quando usado com a opção "all", o comando "ipconfig /all" dá a informação complete sobre o dispositivo de rede permitindo saber a seguinte informação entre outras:

Nome do PC na rede

IP do dispositivo

Endereço Físico (Mac Address)

Endereço IP

Máscara de Rede

Gateway

Servidores de rede



O comando "ipconfig /release" permite libertar o endereço IP do dispositivo de rede, que fica imediatamente livre para ser usado por outro.



O comando "ipconfig /renew" atribui um novo IP ao dispositivo de rede e faz a respectiva reserva junto do fornecedor de acesso à Internet ISP ou no servidor DHCP da rede local.





C:\Documents and Settings\Alberto>ipconfig
Configuração IP do Windows
Adaptador ethernet Ligação de área local:
Sufixo DNS específico da ligação. :
Endereço IP . . . . . . . . . . . : 192.168.1.99
Máscara de sub-rede . . . . . . . : 255.255.255.0
Gateway predefinido . . . . . . . : 192.168.1.254

C:\Documents and Settings\Alberto>ipconfig /all
Configuração IP do Windows
Nome do sistema anfitrião. . . . .: ALFER
Sufixo DNS principal. . . . . . . :
Tipo de nó. . . . . . . . . . . . : Desconhecido
Rota IP activado. . . . . . . . . : Não
WINS Proxy activado . . . . . . . : Não

Adaptador ethernet Ligação de área local:

Sufixo DNS específico da ligação. :
Descrição . . . . . . . . . . . . : PCI Fast Ethernet Adapter
Endereço físico . . . . . . . . . : 00-D0-A6-19-25-86
DHCP activado . . . . . . . . . . : Não
Endereço IP . . . . . . . . . . . : 192.168.1.99
Máscara de sub-rede . . . . . . .: 255.255.255.0
Gateway predefinido . . . . . . : 192.168.1.254
Servidores DNS. . . . . . . . . . .: 192.168.1.254

Instalar novo disco no Windows XP

Antes de mais o disco tem de ser ligados a um cabo IDE. O disco IDE tem de ser configurado como "Master" ou "Slave". Num mesmo cabo só pode existir no máximo dois discos, sendo um como "Master" e outro como "Slave". Em vez dos discos podem ser instalados Leitores/Gravadores de CD e/ou DVD e outros periféricos (ZIP drive, tape, ...) e também devem ser configurados para "Master" ou "Slave". Estando os discos bem instalados estão são detectados logo pela bios no arranque do computador.



No Windows XP é preciso configurar o novo disco:

Chamar o "Painel de Controlo";

Abrir "Ferramentas Administrativas";

Chamar "Gestão de Computador";

Seleccione "Gestão de Discos", aqui os discos estão enumerados sendo o primeiro o "Disco 0" e o segundo "Disco 1" e assim por diante. O "Disco 0" será aquele, em principio, onde estará instalado o Sistema Operativo (Windows XP), frente ao disco será indicado o espaço total do disco e no gráfico será discriminado as partições do disco, e as respectiva letras, tamanho e formatação. O mesmo será indicado para os outros discos.

Seleccionar o "Disco 1" e definir o tamanho da partição e respectiva letra.

Formatar a partição em formato NTFS (só para Windows XP, Windows 2000 e Linux) ou FAT32 (para Windows 98).

FolderSize

Hosts

O ficheiros hosts é um um ficheiros essencial para o sistema operativo. Este ficheiro ajuda na resolução de certos nomes ( ou páginas de Internet) para endereços IP específicos. O seu conteúdo também pode ser usada para fins maliciosos ou para bloquear sites maliciosos, para isso basta que o endereço IP seja reencaminhado para um página de Internet diferente.

Para editar o ficheiros hosts usa-se normalmente o notepad. Directamente da janela de Executar pode-se editar o ficheiro hosts digitando o seguinte instrução:

notepad c:\windows\system32\drivers\etc\hosts

O contéudo normal do ficheiro é:

# Copyright (c) 1993-1999 Microsoft Corp.
#
# This is a sample HOSTS file used by Microsoft TCP/IP for Windows.
#
# This file contains the mappings of IP addresses to host names. Each
# entry should be kept on an individual line. The IP address should
# be placed in the first column followed by the corresponding host name.
# The IP address and the host name should be separated by at least one
# space.
#
# Additionally, comments (such as these) may be inserted on individual
# lines or following the machine name denoted by a '#' symbol.
#
# For example:
#
# 102.54.94.97 rhino.acme.com # source server
# 38.25.63.10 x.acme.com # x client host

127.0.0.1 localhost
0.0.0.0 www.systemdoctor.com


Como pode verificar foi acrescentado o nome www.systemdoctor.com com endereço IP 0.0.0.0 para proteger o computador do aceder a páginas desse endereço, para não ser infectado com spyware existente nesse endereço. Pode-se fazer o mesmo para outro nome de Internet que sejam fontes de spyware ou vírus e assim evitar o redireccionamento involuntário a essas páginas indesejadas.

Esconder as Drives

É possível esconder as letras das drives do Windows Xp através d

a modificação do Registry. Ao

esconder alguns drives do computador está-se a aumentar a segurança dos mesmo. É possível esconder as drives para todos os utilizadores do Windows XP de uma só vez ou configurar individualmente cada uma das contas, neste caso terá de realizar o Logon a cada das contas onde pretenda esconder a Drive e editar o Registry .



Para isso a que calcular o valor correcto para NoDrives e colocar na chave respectiva:



Para todos os utilizadores

HKEY_LOCAL_MACHINE\SOFTWARE\Microsoft\Windows\CurrentVersion\policies\Explorer

ou para um só utilizador (Não esquecer de realizar o Logon primeiro e verificar se tem permissão para alterar o Registry)

HKEY_CURRENT_USER\Software\Microsoft\Windows\CurrentVersion\Policies\Explorer